quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

seis

Entrou naquela quituteria intuitivamente. No lusco fusco, caminhou até o fim do salão, onde atrás de um balcão sentava uma senhora daquelas com cara de quem vende coisas mágicas. Fez bom dia com os olhos e colocou o nariz na vitrine. Escolheu meia dúzia. Principalmente doces, mais uns daqueles que anestesiam a boca e outros dos que fazem explosões de festa. "Meia dúzia é muito pouco", ela disse. E ele respondeu. "Eu sei. Mas eu volto sempre para buscar mais".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

os anjos de swedenborg

"(...) Os anjos de Swedenborg são as almas que escolheram o céu. Podem prescindir de palavras; basta que um anjo pense em outro para tê-lo junto de si. Duas pessoas que se amaram na Terra formam um só anjo. Seu mundo é governado pelo amor; cada anjo é um céu. Sua forma é a de um ser humano perfeito; a do céu também é".

Filha da mãe do Borges, em "O livro dos seres imaginários".