quinta-feira, 24 de abril de 2008

paredes

Ela estava encostada de jeito que não pode fazerm bem pra coluna na parede vermelha do restaurante japonês. Displicente, feliz por estar ali. Parecia cena de filme com o Jude Law, exceto que ele não estava lá, mas sim eu.

Alguns minutos depois, eu, e não Jude Law - para quem o termo seria apenas uma referência geográfica óbvia - era xingado de inglês. O chato que não quis dançar numa boa no meio do restaurante vazio. Justo. E aí vem a grande questão. Quanto tempo se leva para mudar um jeito, um traço, uma forma de agir, mesmo desejando intensamente a mudança? Como se faz para, diante da biblioteca imensa de emoções e reações possíveis, escolher o riso de deboche e o suíngue desajeitado no lugar da vergonha, no lugar das coisas grudentas e feias?

terça-feira, 8 de abril de 2008

cadeia

O crime cria minutos na tevê, que impactam você, te fazem andar tenso pela marginal tietê. E grilado, com medo, parado no farol, faz que vai e faz que vai, provocando a ira do trabalhador na faixa de pedestres. Eita mundo sem razão.