Ela estava encostada de jeito que não pode fazerm bem pra coluna na parede vermelha do restaurante japonês. Displicente, feliz por estar ali. Parecia cena de filme com o Jude Law, exceto que ele não estava lá, mas sim eu.
Alguns minutos depois, eu, e não Jude Law - para quem o termo seria apenas uma referência geográfica óbvia - era xingado de inglês. O chato que não quis dançar numa boa no meio do restaurante vazio. Justo. E aí vem a grande questão. Quanto tempo se leva para mudar um jeito, um traço, uma forma de agir, mesmo desejando intensamente a mudança? Como se faz para, diante da biblioteca imensa de emoções e reações possíveis, escolher o riso de deboche e o suíngue desajeitado no lugar da vergonha, no lugar das coisas grudentas e feias?
quinta-feira, 24 de abril de 2008
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Um comentário:
Um dia você chega lá... Não se preocupa porque meu novo objetivo é virar professora de jazz.
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