terça-feira, 26 de junho de 2007

reação

Dizem que ela teve tempo de pensar.

Algum veneno deve haver na ponta destes dedos para me deixarem febril quando seguram meu braço com certa força. Barba mal-feita e áspera fazendo faísca no meu pescoço. Calor. Vestígios de eletricidade naqueles braços, que fecham corrente em volta da minha cintura e causam curto-circuito. Tanques de coisa altamente inflamável são as coxas, para me fazerem combustar dessa forma ao se intrometerem no meio das minhas. Calor. 16 toneladas de pressão: corpo grudando minhas costas na parede. Lábios como meteóro incandescente, caindo certeiro em minha direção. E eu envenenada, chamuscada e eletrocutada não tenho para onde fugir.

Um comentário:

Fabi Uchi disse...

Clap clap clap é só o que posso dizer.